Após reunião no Ministério do Trabalho, Fhemig mantém bloco cirúrgico fechado; funcionários vão receber abono
Fhemig foi convocada para reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego para esclarecer fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia ...
Fhemig foi convocada para reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego para esclarecer fechamento do bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins, em 6 de janeiro, e a transferência dos pacientes e funcionários para o Hospital João XXIII Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins, em Belo Horizonte Redes sociais Segue o impasse entre a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e os servidores do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), após reunião na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais, na tarde desta segunda-feira (13). A finalidade era discutir a paralisação do bloco cirúrgico do HMAL, e a transferência do atendimento para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Durante a reunião, a Fhemig não estipulou data para reabertura do bloco cirúrgico do HMAL, que fica no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Há oito dias, todas as cirurgias - cerca de 200 ao mês - foram suspensas, depois de um intensificador de imagens apresentar defeito. O Hospital de Pronto Socorro João XXIII, localizado a 300 metros do HMAL, assumiu a demanda, mas funcionários alegam que a medida gera sobrecarga no principal pronto atendimento do estado. Para a representante do Sindicato dos Servidores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde-MG), Neuza Freitas, o aparelho danificado não é empecilho para o funcionamento do bloco cirúrgico. “Sabemos que o HMAL tem condições de realizar cirurgias, mesmo com a falta deste equipamento, que é usado apenas para alguns tipos de cirurgias. Não concordamos que continue fechado”, disse ela após a reunião. A diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, também classifica o fechamento como “equivocado”. Segundo ela, das cirurgias realizadas no HMAL, mesmo com os problemas estruturais, 30% podem continuar a ser feitas. “Deixar de fazê-las, só aumenta a fila de espera no Estado de Minas Gerais”, disse ela. A Fhemig se manifestou, em nota, dizendo que “o Hospital João XXIII tem plena capacidade e estrutura para atender casos de urgência, assim como os pacientes com cirurgias programadas vindos do HMAL.” Abono para servidores Ainda segundo nota da Fhemig, os funcionários que trabalhavam no bloco cirúrgico e foram transferidos para o Hospital João XXIII receberão benefícios. “Os valores podem chegar a R$ 750 para médicos, R$ 690 para enfermeiros e R$ 285 para técnicos de enfermagem, além de outras categorias profissionais dependendo da carreira, nível e carga horária.” O Sind-Saúde-MG convocou os funcionários para um ato, que será realizado na próxima quarta-feira (15), na porta do Hospital Maria Amélia Lins, no bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. MP pede esclarecimentos sobre bloco cirúrgico fechado em hospital de BH Atendimento articulado O HMAL é referência no Estado de Minas Gerais na realização de cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. Enquanto o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII faz o atendimento de urgência e emergência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo realizando cirurgias eletivas. Ou seja, fazendo tratamento após o quadro agudo de trauma. Ministério Público Na última sexta-feira (10), o Ministério Público de Minas Gerais deu prazo de 48 horas para a Fhemig fornecer informações sobre o fechamento do bloco cirúrgico.